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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Profissões do Futuro na área da Saúde

Prezados leitores, apesar do pouco tempo que tenho para postar, estou fazendo isso na medida do possível. Bom, sou assinante da revista Você S/A da Editora Abril, e no mês de novembro me deparei com a capa "30 Novas Carreiras - Encontre a sua aqui" e fiquei ansioso para ler. Talvez por ser da editora Abril, a revista Exame também tinha publicado uma reportagem com o mesmo tema em Junho do ano passado, porém com menos paginas e mais simplificadas sobre as profissões do futuro (apenas 10 carreiras), englobando inclusive as profissões da área de saúde que destacarei neste post, como a Farmacoeconomia. Vocês vão ver que alguma delas estão muito ligadas à Saúde Pública.


Vou iniciar com uma área bem polêmica, a judicialização da saúde. De forma bem simplificada, vou tentar descrever esse problema que atinge de forma crescente não só o Brasil, mas inúmeros países. De acordo com a Constituição promulgada em 1988, a saúde passou a ser um direito de todo o cidadão, constituindo-se em dever do Estado assegurar o acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde, os quais devem integrar uma rede regionalizada e hierarquizada, constituindo-se num sistema único de saúde (SUS) organizado de acordo com a diretriz do atendimento integral.

Para tal, o governo deve prover não só medidas curativas à doenças, como medidas preventivas, e para tal, o governo dispõe de um orçamento limitado. Sabemos que o SUS cobre um grande número de procedimentos e medicamentos, mas outros são deixados fora desse reembolso por falta de recursos. E eis que entra a contradição de prover a saúde universal com recursos escassos: como atender a TODOS com a melhor QUALIDADE se os recursos são LIMITADOS?

O que começou a ocorrer foi um fenômeno em que quando o governo ou plano de saúde não cobre um medicamento, cirurgia, etc, o paciente entra com um mandato judicial para que seja reembolsado. E o que tem ocorrido é que com o pedido do médico, os juízes tem obrigado o Sistema de Saúde a pagar tais procedimentos. Muitas vezes, procedimentos são tão caros que podem comprometer a verba da saúde de um município inteiro, para um ano todo. Com isso, um gestor na área pode além de realizar uma ponte entre o paciente e o plano de saúde para uma negociação e uma saída razoável, o profissional da área, chamado de Gestor do Direito da Saúde, pode se embasar em Medicina Baseada em Evidências e Farmacoeconomia para ver se o tratamento realmente é o mais adequado, tanto na parte econômica quanto clínica, o que algumas vezes não é o caso.


Com o avanço da tecnologia e das redes sociais, um profissional cada vez mais importante na área de saúde é o Tecnólogo em Telemedicina. Ano passado, meu chefe foi à São Francisco para um congresso chamado Health 2.0, que gerou inclusive um evento em São Paulo sobre o congresso que teve bastante repercussão (o blog sobre o tema é http://medicina2pontozero.wordpress.com/2011/11/17/discutindo-o-futuro/). Dentre os temas abordados no Congresso, um que ganhou destaque foi a telemedicina. Imaginem no futuro não precisar ir até o consultório médico e ser atendido diretamente do computador, ou até programas que ajudem na aderência do paciente ao tratamento? 

Nesse mesmo contexto em que inúmeras tecnologias novas chegam na área de saúde, cada vez mais observamos máquinas complexas que nos dão resultados mais complexos ainda e difíceis de serem interpretados. Nesse contexto, entra o Bioinformata.


Uma vez comentei no blog que um dos motivos para a falta de recursos na área de saúde era o Envelhecimento da População. Pois bem, quanto mais velho ficamos, podemos reparar que ficamos mais doentes, utilizamos mais medicamentos, ficamos propensos à ficar um tempo no hospital e etc. Com isso, os gastos em saúde vão aumentando cada vez mais e em um cenário em que a população, como a brasileira, vê sua pirâmide etária se invertendo e aumentando o número de idosos, o cenário na área de saúde pode ficar catastrófico. Eis que surge o Gerontólogo com uma importante missão: além de promover a saúde dos idosos, realizar medidas preventivas e de política pública para minimizar o impacto desse cenário.


Para finalizar, não posso deixar de citar que na reportagem foi mencionado o profissional da Farmacoeconomia, tema central do nosso blog. Sou um pouco suspeito de falar da área, mas acredito que será um profissional de grande importância para que o Sistema de Saúde, tanto público, quanto privado, continue vivo e trabalhando de maneira cada vez mais eficiente.


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